"No começo do amor, quando as cidades
nos eram desconhecidas, de que nos serviria
a certeza da morte se podíamos correr
de ponta a ponta a veia eléctrica da noite
e acabar na praia a comer morangos
ao amanhecer? Diziam-nos que tínhamos
a vida inteira pela frente. Mas, amigos,
como pudemos pensar que seria assim
para sempre? Ou que a música e o desejo
nos conduziriam de estação em estação
até ao pleno futuro que julgávamos
merecer? Afinal, o futuro era isto.
Não estamos mais sábios, não temos
melhores razões. Na viagem necessária
para o escuro, o amor é um passageiro
ocasional e difícil. E a partir de certa altura
todas as cidades se parecem."
(Rui Pires Cabral, in "Longe da aldeia", Averno, 2005)
terça-feira, junho 14, 2005
segunda-feira, junho 06, 2005
Jung Test
INFP - "Questor" Introverted (I)54.05 Extroverted (E) 45.95 Intuitive (N) 54.29 Sensing (S) 45.71 Feeling (F) 55.56 Thinking (T) 44.44 Perceiving (P) 57.89 Judging (J) 42.11 High capacity for caring. Emotional face to the world. High sense of honor derived from internal values. 4.4% of total population. |
quarta-feira, maio 18, 2005
domingo, maio 08, 2005
quarta-feira, maio 04, 2005
Os ouvidos servem para ouvir
Alguns de vocês já sabem que eu não estou muito boa, que ontem andava para aí com o ouvido a sangrar, sem se saber muito bem por quê, que fui ao centro de saúde e depois me mandaram para as urgências, que fui vista por um otorrinolaringologista e que ele aspirou carradas de sangue lá de dentro e viu uma ferida no canal auricular que sangrava sangrava.
Eu nunca pensei que pudesse sair tanto sangue de dentro de um ouvido. Pelo menos assim do canal auditivo.
Julgava por isso que tinha sido de ter batido com a cabeça na mesa, na noite anterior, enquanto andava à procura dos cds espalhados pelo chão da casa toda (um hematoma, qualquer coisa a vir do cérebro - já sabem que sou exagerada).
Ou então que era um motivo assim mais poético, que não tenho inspiração para desenvolver.
Mas não, era "só" uma ferida do canal auricular.
Fui acusada de usar cotonetes, e que isso não podia acontecer mais.
Eu menti com todos os dentes que tenho na boca, e mais aquele que me arrancaram há uns anos atrás e disse que não usava nada desses equipamentos tecnológicos de algodão, não senhora, não fazia ideia de onde tinha vindo essa ferida.
Nunca pensei que um cotonete, ou a sua utilização esporádica pudesse fazer uma coisa destas, de sangue a jorrar ouvido fora.
Bem, e vim muito sossegadinha com um penso enfiado pelo canal adentro, sem ouvir do lado esquerdo, meia desorientada e por isso passado um bocado tive de tirar aquilo - claro que começou logo a sangrar outravez.
Mas agora está tudo ok, e afinal os cotonetes não serão os únicos responsáveis.
É que há uma colega minha, que por sinal está em casa com uma hipertensão exacerbada a quem rebentou o tímpano. Julgava que isso tinha acontecido por causa da tensão, mas explicaram-me que ela tinha uma infecção no ouvido, provocada por uma ferida no canal auditivo, e que o sangue que de lá saiu pode ter provocado o descolamento do tímpano.
Uma grande chatice, é o que é, um caso muito pior que o meu, porque ela está com o tímpano rebentado.
A questão é que o médico dela relaciona o acontecimento - a infecção, a ferida - com o ar condicionado.
E trabalhamos as duas na mesma sala, estão a ver?
Agora, desligámos o ar condicionado e vêm cá limpar os filtros e talvez venha um senhor doutor médico do trabalho ver as condições aqui da sala.
É assim. Se bem conheço esta casa, fica tudo em águas de bacalhau.
É assim! Ficam as explicações todas aqui e os agradecimentos aos queridos e queridas que ligaram a dar mimo à doentinha, em especial para a meninaque andou comigo à procura da farmácia de serviço e me deu de jantar :)
Beijocas a todos, e mexer nos ouvidos "só com os cotovelos", hum?
Eu nunca pensei que pudesse sair tanto sangue de dentro de um ouvido. Pelo menos assim do canal auditivo.
Julgava por isso que tinha sido de ter batido com a cabeça na mesa, na noite anterior, enquanto andava à procura dos cds espalhados pelo chão da casa toda (um hematoma, qualquer coisa a vir do cérebro - já sabem que sou exagerada).
Ou então que era um motivo assim mais poético, que não tenho inspiração para desenvolver.
Mas não, era "só" uma ferida do canal auricular.
Fui acusada de usar cotonetes, e que isso não podia acontecer mais.
Eu menti com todos os dentes que tenho na boca, e mais aquele que me arrancaram há uns anos atrás e disse que não usava nada desses equipamentos tecnológicos de algodão, não senhora, não fazia ideia de onde tinha vindo essa ferida.
Nunca pensei que um cotonete, ou a sua utilização esporádica pudesse fazer uma coisa destas, de sangue a jorrar ouvido fora.
Bem, e vim muito sossegadinha com um penso enfiado pelo canal adentro, sem ouvir do lado esquerdo, meia desorientada e por isso passado um bocado tive de tirar aquilo - claro que começou logo a sangrar outravez.
Mas agora está tudo ok, e afinal os cotonetes não serão os únicos responsáveis.
É que há uma colega minha, que por sinal está em casa com uma hipertensão exacerbada a quem rebentou o tímpano. Julgava que isso tinha acontecido por causa da tensão, mas explicaram-me que ela tinha uma infecção no ouvido, provocada por uma ferida no canal auditivo, e que o sangue que de lá saiu pode ter provocado o descolamento do tímpano.
Uma grande chatice, é o que é, um caso muito pior que o meu, porque ela está com o tímpano rebentado.
A questão é que o médico dela relaciona o acontecimento - a infecção, a ferida - com o ar condicionado.
E trabalhamos as duas na mesma sala, estão a ver?
Agora, desligámos o ar condicionado e vêm cá limpar os filtros e talvez venha um senhor doutor médico do trabalho ver as condições aqui da sala.
É assim. Se bem conheço esta casa, fica tudo em águas de bacalhau.
É assim! Ficam as explicações todas aqui e os agradecimentos aos queridos e queridas que ligaram a dar mimo à doentinha, em especial para a meninaque andou comigo à procura da farmácia de serviço e me deu de jantar :)
Beijocas a todos, e mexer nos ouvidos "só com os cotovelos", hum?
sexta-feira, abril 29, 2005
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